(...) A vontade quer o bem. Mas os bens deste mundo são muitos, são imperfeitos e são diferentes; a vontade pode escolher entre eles: daí o livre arbítrio de que é dotado o ser humano. Em geral, a liberdade é o poder de fazer ou deixar de fazer alguma coisa. Estar livre é estar isento de vínculos; daí, serem tantas as formas de liberdade quantos são as espécies de vínculos, que podem ser classificados em físicos e materiais, que forçam à inércia ou ao movimento, e em morais, que prescrevem certos atos e proíbem outros, sem tirar ao homem o poder de os omitir ou de os executar; estas, são as leis e as obrigações, ou deveres. O maçom precisa ser não só livre de vínculos, mas precisa também ser de bons costumes.
O livre arbítrio é o poder que tem a vontade de se determinar por si mesma, por sua própria escolha, a agir ou não agir, sem ser constrangida a isso por força alguma, externa ou interna. Assim, entre dois ou mais pensamentos que nos solicitam em sentidos opostos, o livre arbítrio decide qual deles seguirá. Do mesmo modo que, num litígio, as partes recorrem a um árbitro, assim também atua o livre arbítrio, que decide em favor de uma ou de outra parte.
O livre arbítrio é prerrogativa essencial do ser humano; a violência pode privá-lo da liberdade física e a autoridade pode restringir a sua liberdade moral; no entanto, o seu livre arbítrio está acima de tudo; enquanto conservar a razão, ele será sempre livre para querer ou não querer. (...)
From an work or architecture by António Rocha Fadista (Grand Orient of Brazil) available at www.maconaria.net.
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